Grupo Hacker publica informações de cartão de crédito

Cyber security + Global news Clarity today30/06/2020 2504 4

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O sistema bancário e financeiro brasileiro amanheceu no dia 29 de junho (segunda feira) sob alerta de uma nova operação do grupo hacking “Anonymous”. Em manifesto publicado pelo grupo, o mesmo informa que a operação não tem o objetivo de atacar os cidadãos, mas sim o sistema bancário do qual eles consideram injusto.

Curiosamente, a operação do Anonymous ocorre após uma operação da polícia federal, deflagrada para encontrar os responsáveis por divulgar informações sobre o Presidente Jair Bolsonaro e seus familiares, além de outras pessoas de alto escalão do governo como ministros.

No comunicado, o grupo informa: A operação Robin Hood vai devolver dinheiro para as pessoas que foram enganadas pelo nosso sistema e, mais importante, prejudicadas por nossos bancos. A operação pegará os cartões de crédito e vai fazer para os 99% e também para várias entidades beneficentes no mundo.

A DIVULGAÇÃO DAS INFORMAÇÕES

A operação foi divulgada logo nos primeiros minutos do dia 29 de junho, no entanto, as primeiras informações divulgadas começaram circular por volta das 22 horas do mesmo dia, com a publicação de dados contendo dados pessoais e financeiros de correntistas de bancos e empresas financeiras como Itaú, Caixa Econômica Federal, IBI/SA, Hipercard, Santander, entre outras.
Exemplo das primeiras informações publicadas no twitter do grupo “Mysterious Team”

As informações divulgadas contem o endereço completo, nome, CPF, senha da conta bancária, entre outras dados.

No dia da publicação desta matéria, mais lista foi publicada:

Exemplo da divulgação de dados

A OPERAÇÃO ROBIN HOOD

A referencia utilizada pela operação aponta para o fora da lei que viveu na Inglaterra onde, segundo informações que perduram até os dias atuais, saqueava os ricos e distribuía as quantias coletadas aos pobres em uma ação para promover a igualdade e/ou reparar injustiças provocadas pelas elites contra os mais necessitados.

O HISTÓRICO

Em 2011, os grupos de hackers Anonymous e TeaMp0isoN se uniram em uma campanha com objetivo de expor dados de cartão de crédito e usá-los para doar dinheiro para caridade, pessoas sem-teto e manifestantes anti-governo no mundo todo.

No comunicado publicado à época, os grupos informavam que:

“A Operação Robin Hood vai devolver o dinheiro para as pessoas que foram enganadas pelo nosso sistema e, mais importante, prejudicadas por nossos bancos”, afirmou o grupo p0isAnon em uma declaração publicada esta semana. “A Operação pegará os cartões de crédito e vai fazer doações para os 99% e também para várias entidades beneficentes no mundo”

Curiosamente a mesma justificativa se aplica aos ataques realizados em 2020.

Em 2011, a operação Robin Hood ocorreu após uma série de protestos ocorridos nos Estados Unidos, denominados “Ocupem Wall Street”. Segundo informações dos manisfetantes, o protesto tinha por objetivo a “luta contra a crise econômica e a ganância dos bancos e de empresários de Wall Street”.

Em continuação no mesmo comunicado à época, os grupos hacker informaram:

“Nós já pegamos cartões de crédito do Chase, Bank of America e CitiBank, todos com grandes brechas de segurança. Nós devolvemos o dinheiro para os pobres (os VERDADEIROS 99%) que merecem”.

A LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS – LGPD

O vazamento de informações de clientes confronta diretamente os itens cobertos pela LGPD (Lei Geral de Proteção de dados). Além de afetar diretamente a imagem da empresa, podem ocorrer multas de até 2% do faturamento global, limitado à 50 milhões de reais.

Todos os cuidados e ações devem ser tomadas para evitar que os dados de seus clientes, fornecedores e colaboradores sejam publicados indevidamente.

MOTIVAÇÃO POLÍTICA

A repetição de uma ação como a operação Robin Hood, ocorrida em 2011 e agora em 2020, alerta para a sazonalidade das ocorrências.

Em caso de alguma movimentação política que incentive tais grupos, ou novos grupos hackers, novas divulgações de informações sensíveis podem ocorrer novamente contra o sistema financeiro ou qualquer outra vertente da economia.

Assim, todas as ações para mitigação de vulnerabilidades e riscos existentes devem ser contínuas, principalmente, para atender as regulações e proteger as confidencialidade das informações.

A CLARITY

A CLARITY, empresa especializada em produtos e serviços de segurança da informação conta, em seu portfolio, serviço para monitoramento de ações de criminosos na Deep/Dark Web e na Internet de superfice. Dentre as informações monitoradas, estão credenciais de acesso à sistemas, BIN de cartões de crédito, informações pessoais, sites phishing, entre outros.

Contate-nos por meio de nossa página de contato, ou envie um e-mail para: [email protected]

Fonte: Chimera Labs

Written by: Clarity

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